Economista Egípcio e Defensor do Terceiro Mundo
Samir Amin foi um renomado economista egípcio, conhecido por suas análises críticas sobre o desenvolvimento econômico dos países do Terceiro Mundo e sua defesa de um modelo alternativo ao capitalismo globalizado.
Formação e Carreira:
- Formado pela Universidade de Paris, onde estudou política, estatística e economia.
- Trabalhou como assessor da Organização para o Desenvolvimento Econômico no Cairo (1957-1960) e como conselheiro técnico para o planejamento do governo do Mali (1960-1963).
- A partir de 1970, tornou-se diretor do Instituto Africano para Desenvolvimento Econômico e Planejamento, em Dakar, Senegal.
- Lecionou economia nas universidades de Poitiers, Paris e Dakar.
Contribuições:
Amin dedicou sua carreira ao estudo dos problemas econômicos dos países em desenvolvimento, com foco na África e no mundo árabe. Ele desenvolveu uma abordagem crítica ao capitalismo globalizado, que ele considerava como um sistema de exploração e dependência dos países periféricos em relação aos países centrais.
Obras:
- Três Experiências Africanas de Desenvolvimento: Mali, Guiné e Gana (1965): Análise comparativa de diferentes modelos de desenvolvimento na África.
- A Economia do Maghreb (1967): Estudo sobre a economia dos países do Norte da África.
- O Mundo dos Negócios Senegaleses (1968): Análise da estrutura econômica e social do Senegal.
- O Maghreb no Mundo Moderno (1970): Aborda a inserção dos países do Norte da África no contexto global.
- A Acumulação em Escala Mundial (1970): Obra fundamental que analisa os mecanismos de dominação do capitalismo global e a dependência dos países periféricos.
- A África do Oeste Bloqueada (1971): Examina os obstáculos ao desenvolvimento da África Ocidental.
- O Desenvolvimento Desigual (1973): Analisa as desigualdades entre países ricos e pobres e propõe alternativas ao modelo de desenvolvimento capitalista.
- A Nação Árabe (1978): Estudo sobre a formação e os desafios da nação árabe.
Legado:
Samir Amin foi um dos principais expoentes do pensamento crítico sobre o desenvolvimento e a globalização. Suas obras influenciaram gerações de economistas e ativistas em todo o mundo, especialmente nos países do Sul Global. Ele defendia a necessidade de um modelo de desenvolvimento alternativo ao capitalismo, baseado na autossuficiência, na justiça social e na solidariedade entre os povos.