Aliança para o Progresso

Contexto Histórico:

A Aliança para o Progresso foi um programa de cooperação multilateral idealizado pelo presidente americano John F. Kennedy em 1961, em resposta à Revolução Cubana e às crescentes tensões sociais na América Latina. O programa buscava promover o desenvolvimento econômico e social da região, combatendo a pobreza e a desigualdade, e ao mesmo tempo conter o avanço do comunismo.

Objetivos:

  • Redistribuição de renda: Promover uma distribuição mais justa da riqueza na região.
  • Eliminação do analfabetismo: Expandir o acesso à educação e combater o analfabetismo.
  • Reforma agrária: Implementar reformas para democratizar o acesso à terra.
  • Industrialização: Estimular o desenvolvimento industrial na região.
  • Habitação popular: Construir moradias populares para reduzir o déficit habitacional.
  • Integração econômica: Criar um mercado comum latino-americano para fortalecer o comércio regional.

Financiamento:

Os Estados Unidos se comprometeram a fornecer uma verba inicial de 20 bilhões de dólares, com os demais governos latino-americanos sendo responsáveis por aportar quantias equivalentes à ajuda externa recebida.

Coordenação e Controle:

O programa era coordenado e controlado pelo Conselho Interamericano Econômico e Social (CIES) da Organização dos Estados Americanos (OEA), em colaboração com outras instituições financeiras internacionais.

Resultados e Críticas:

Apesar das promessas de reformas sociais e econômicas, a Aliança para o Progresso não alcançou seus objetivos de forma plena. Diversos fatores contribuíram para seu fracasso:

  • Cortes na ajuda externa: O envolvimento dos EUA na Guerra do Vietnã levou a cortes significativos na ajuda financeira destinada à América Latina.
  • Apoio a governos conservadores: O programa se apoiou em governos conservadores, que muitas vezes não estavam comprometidos com as reformas sociais e econômicas propostas.
  • Resistência às reformas: As elites locais muitas vezes resistiram às reformas, especialmente à reforma agrária e à redistribuição de renda.
  • Foco no combate ao comunismo: O foco excessivo no combate ao comunismo levou a um apoio a regimes autoritários e a violações de direitos humanos em alguns países.

Legado:

Apesar de suas limitações, a Aliança para o Progresso deixou um legado importante na América Latina. Ela impulsionou investimentos em infraestrutura, educação e saúde, além de estimular o debate sobre a necessidade de reformas sociais e econômicas na região. No entanto, o programa também evidenciou as dificuldades de promover o desenvolvimento em um contexto de desigualdade social e dependência externa.

Em resumo:

A Aliança para o Progresso foi um programa de cooperação multilateral idealizado pelos EUA para promover o desenvolvimento da América Latina e conter o avanço do comunismo. Apesar de seus objetivos ambiciosos, o programa não alcançou seus resultados esperados devido a diversos fatores, como cortes na ajuda externa, apoio a governos conservadores e resistência às reformas.

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