Os Acordos de Ottawa foram uma série de acordos comerciais bilaterais assinados em 1932, durante a Conferência Econômica Imperial realizada em Ottawa, Canadá. Esses acordos envolveram a Grã-Bretanha e seus domínios, como Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Terra Nova.
Contexto Histórico:
A Conferência de Ottawa ocorreu durante a Grande Depressão, um período de grave crise econômica global. Diante da queda do comércio internacional e do aumento do protecionismo, os países do Império Britânico buscaram fortalecer seus laços comerciais e proteger suas economias.
Principais Características:
- Preferência Imperial: Os Acordos de Ottawa estabeleceram o princípio da Preferência Imperial, que consistia em conceder tarifas alfandegárias mais baixas ou isenções para produtos originários dos países do Império Britânico, em detrimento de produtos de outros países.
- Redução de impostos pela Grã-Bretanha: A Grã-Bretanha se comprometeu a reduzir significativamente os impostos sobre mercadorias importadas dos domínios, conforme as leis de impostos sobre importações de 1932.
- Tarifas preferenciais para produtos britânicos: Os domínios concordaram em facilitar a entrada de produtos manufaturados ingleses e de suas colônias, aplicando tarifas preferenciais.
- Duração: A maioria dos acordos tinha duração de cinco anos, com possibilidade de renovação.
Impacto:
Os Acordos de Ottawa tiveram um impacto significativo no comércio internacional da época, aumentando o comércio intrabloco entre os países do Império Britânico. No entanto, também geraram críticas por reforçar o protecionismo e prejudicar o comércio com outros países.
Legado:
Os Acordos de Ottawa marcaram uma importante mudança na política comercial britânica, que abandonou o livre comércio em favor da Preferência Imperial. Essa política influenciou as relações comerciais da Commonwealth por décadas, até a entrada do Reino Unido na Comunidade Econômica Europeia em 1973.
Em resumo:
Os Acordos de Ottawa foram acordos comerciais firmados entre a Grã-Bretanha e seus domínios em 1932, estabelecendo o princípio da Preferência Imperial e buscando fortalecer o comércio intrabloco durante a Grande Depressão. Embora tenham aumentado o comércio entre os países do Império Britânico, também foram criticados por reforçar o protecionismo.