O Acordo Smithsoniano foi um pacto firmado em dezembro de 1971 pelo Grupo dos Dez (G-10), um grupo de países industrializados, com o objetivo de reformular o sistema monetário internacional após o colapso do sistema de Bretton Woods. A conferência que levou ao acordo foi realizada no Smithsonian Institute, em Washington, D.C., e foi motivada pela decisão dos Estados Unidos de abandonar a conversibilidade do dólar em ouro, o que desestabilizou o sistema de taxas de câmbio fixas.

Principais pontos do Acordo Smithsoniano:

• Adoção de taxas de câmbio flutuantes: O acordo permitiu que as moedas dos países membros flutuassem em relação ao dólar americano, dentro de uma margem de 2,25%. Essa medida visava dar maior flexibilidade aos países para ajustar suas políticas econômicas e cambiais.
• Desvalorização do dólar: O preço do ouro foi elevado de US$ 35 para US$ 38 por onça, o que significou uma desvalorização do dólar em relação ao ouro.
• Revalorização de outras moedas: As moedas de outros países, como o marco alemão e o iene japonês, foram revalorizadas em relação ao dólar.
• Criação da “serpente” europeia: A Comunidade Econômica Europeia (CEE) estabeleceu um acordo para limitar as flutuações cambiais entre suas moedas, criando a chamada “serpente” europeia. As taxas de câmbio das moedas da CEE foram fixadas em relação ao marco alemão, que era a moeda mais forte da comunidade.

Impacto do Acordo Smithsoniano:

O Acordo Smithsoniano representou uma tentativa de manter a estabilidade do sistema monetário internacional após o colapso do sistema de Bretton Woods. No entanto, o acordo não foi suficiente para evitar a volatilidade cambial e as crises financeiras que se seguiram na década de 1970.

A “serpente” europeia também enfrentou dificuldades para se manter, com alguns países abandonando o acordo devido à pressão do mercado. Em 1979, a CEE criou o Sistema Monetário Europeu (SME), que foi um precursor da moeda única europeia, o euro.

Em resumo:

O Acordo Smithsoniano foi um importante marco na história do sistema monetário internacional, marcando a transição do sistema de taxas de câmbio fixas para o sistema de taxas de câmbio flutuantes. Embora não tenha sido totalmente bem-sucedido em manter a estabilidade cambial, o acordo representou um passo importante na evolução do sistema monetário internacional.