A recente disparada do dólar, que atingiu a marca histórica de R$6,20, acompanhada de juros futuros ultrapassando 15%, reflete uma conjuntura econômica marcada por incertezas e desafios estruturais. Esses fenômenos, combinados com um déficit fiscal crescente, têm colocado o Brasil em um ciclo de desconfiança que afeta todos os setores da economia.
O Cenário Atual: Dólar e Juros nas Alturas
Em 2024, o real brasileiro atingiu seu ponto de maior desvalorização desde a criação do Plano Real. O dólar, além de superar a marca de R$6,20, apresentou volatilidade que exigiu intervenções constantes do Banco Central. Paralelamente, a curva de juros futuros para 2029 e 2031 alcançou taxas superiores a 15%, sinalizando um custo de financiamento mais elevado tanto para o setor público quanto para o privado.
Esse ambiente é resultado direto de um ciclo de desconfiança alimentado por fatores como:
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- Risco fiscal: A falta de uma meta fiscal crível e medidas para controlar os gastos públicos.
- Política monetária apertada: A necessidade do Banco Central de aumentar a taxa Selic para conter as pressões inflacionárias.
- Percepção negativa do mercado: Declarações e sinais conflitantes do governo, que reforçam a incerteza sobre o futuro econômico do país.